INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE INVESTE NA MODERNIZAÇÃO DE SUAS PLANTAS
Gühring
Participação do segmento no PIB industrial brasileiro é de 2,3%.
O Brasil é um dos 10 maiores produtores de papel do mundo, com as exportações de papel somando 2,1 milhões de toneladas. Diferentemente do segmento de celulose, cerca de 80% da produção nacional de papel é destinada ao mercado interno, segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).
Maior exportador mundial de celulose, o Brasil avançou 7,8% na produção do produto no último trimestre de 2020. De acordo com a Ibá, a produção de celulose no Brasil cresceu 4,9% no terceiro trimestre frente ao mesmo período do ano passado para 5,6 milhões de toneladas, o que revela também que o consumo aumentou 16%.
Segundo levantamento da Valmet, líder global no fornecimento e desenvolvimento de tecnologias de processo para o setor, o perfil do consumo mudou, mas o uso do insumo foi amplificado nos últimos dois anos. A companhia finlandesa estima, inclusive, que a produção de celulose aumentará em torno de 20% até o ano de 2025 no Brasil.
No Perfil Setorial da Indústria, da CNI, o setor de papel e celulose emprega mais de 175 mil pessoas em cerca de 4 mil empresas e exporta 32,5% de sua produção. Entre os itens fabricados por esse setor está a celulose, que é o principal componente da parede celular, responsável por dar rigidez e firmeza às plantas. Essa fibra é que dá origem aos diversos tipos de papel fabricados pelo setor, como a cartolina, o papelão e até papel higiênico, lenços e fraldas.
Em 2020 o setor investiu R$ 230 milhões em pesquisa e desenvolvimento, e recolheu R$ 6 bilhões em tributos federais. A participação do segmento de Papel e Celulose no PIB industrial brasileiro é de 2,3%. Segundo o Forest Digital Group, especialista em tecnologia do setor florestal, entre os principais fabricantes estão Klabin, Suzano, CMPC, Bracell, Eldorado, LD Celulose entre outros. Todas estas companhias estão em processo de ampliação e modernização de suas plantas industriais. Até 2030 a capacidade produtiva na América do Sul deverá aumentar em 35%. (Fontes: Ibá, CNI, Forest Digital, Valmet)