BRASIL TEM NOVA CARTA DE NAVEGAÇÃO PARA SUA INDÚSTRIA

Parceria entre governo e setor privado é o caminho para uma rota segura

Como acontece todo ano, 25 de maio é marcado pela celebração do Dia da Indústria. A data é uma homenagem ao engenheiro, professor, empresário e político Roberto Simonsen, que faleceu neste dia no ano de 1948. 

Simonsen foi um dos fundadores da Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), que deu origem à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Em maio de 1958, o presidente Juscelino Kubitschek instituiu, via decreto, o Dia Nacional da Indústria. 

Existe uma indústria vigorosa no Brasil. São quase 22 milhões de empresas de pequeno, médio e grande porte ativas no país, sendo 93% delas formadas por microempresas ou empresas de pequeno porte. 

Estamos falando da indústria de base, também chamada de indústria de bens de produção. Esse setor congrega as indústrias de mineração, as siderúrgicas, as metalúrgicas e a de cimentos. A indústria de base fornece matéria-prima e equipamentos que serão usados em praticamente todos os setores produtivos 

Já a indústria de bens de capital é formada por empresas que fabricam equipamentos e maquinários que servirão para outras indústrias realizarem seus propósitos. Ou seja, trata-se de equipamentos que serão usados em outros setores industriais. Fábricas, máquinas, ferramentas, equipamentos e diversas construções são exemplos desses bens.

A indústria de bens de consumo fornece produtos destinados ao consumidor final, ou seja, às pessoas que compram e consomem. Dividem-se em indústrias de bens duráveis (eletrônicos, roupas, calçados etc.) e não duráveis (alimentos, remédios etc.) 

Segundo o IBGE, no ano passado, a indústria brasileira respondeu por 25,5% do PIB brasileiro. Dos R$ 10,9 trilhões que compõem esse PIB, R$ 2,4 trilhões é de participação da atividade industrial. Uma participação bem abaixo dos 48% registrados em 1985, mas com significativo aumento em relação a 2022, quando essa participação foi de 23,9%.  

Conforme a última Pesquisa Industrial Anual (PIA), do IBGE, em 2021, a Indústria de Transformação (composta pelas indústrias de base, de capital e de consumo) empregava mais de 8 milhões de pessoas e pagava acima de R$ 352 bilhões em salários. A indústria de transformação brasileira ocupa o 14º lugar no ranking mundial. Em 2005, chegou a ocupar a 9ª posição.  Em 2021 eram quase 320 mil empresas que atuavam neste segmento. 

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a retomada do setor industrial no Brasil requer urgência, e a solução passa pela adoção de uma política industrial moderna, orientada por 4 missões: descarbonização da economia, transformação digital, saúde e segurança sanitária e defesa e segurança nacional. 

Para iniciar essa retomada, o governo brasileiro lançou no início deste ano a Nova Indústria Brasil (NIB) que será implementada nos próximos 10 anos, precisamente até 2033.  Serão R$ 300 bilhões para financiamentos destinados ao novo programa até 2026. O principal objetivo é reverter o processo de desindustrialização que afeta a economia brasileira nas últimas décadas. 

A NIB é focada em inovação, modernização e transição energética. Segundo especialistas, essa nova política tem potencial para inverter esse movimento, desde que as propostas sejam implementadas conforme descritas no programa. (Fontes: CNI/IBGE/Gov.BR)