CONSUMO DE ALUMÍNIO CRESCE EM 2021
Gühring
A expectativa é de um aumento de 12,2% sobre 2020
De acordo com a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), de janeiro a setembro deste ano, o consumo doméstico de produtos transformados de alumínio foi de 1,193 mil ton, incluindo as importações de produtos manufaturados e semimanufaturados. O volume representa um crescimento de 16,5% em relação ao mesmo período de 2020. A indústria do alumínio brasileira fatura R$ 88 bilhões por ano, paga R$ 19 bilhões em impostos e gera 424 mil empregos.
“Destacamos principalmente os segmentos de extrudados e laminados, que, juntos, representam 71% do total do mercado e tiveram crescimento, respetivamente, de 28,7% e 20,4%. O único segmento que apresentou queda foi o de cabos, com -13,8%, devido à conclusão de projetos de expansão das linhas de transmissão de energia no país”, explica Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL.
O setor de Embalagens, que representa 40% do consumo total, registrou aumento de 16%, com 482 mil ton, contra igual período de 2020, impulsionado por latas para bebidas. Com exceção de Eletricidade, todos os segmentos cresceram dois dígitos: Transportes, 35,6%, com 179,6 mil ton; Construção civil, 28,2%, com 124,4 mil ton; Máquinas e equipamento, 30,7%, com 34,5 mil ton.
Para a executiva da ABAL, a expectativa é positiva para este ano, devendo fechar com aumento de 12,2% sobre 2020. Essa projeção é 3 pontos percentuais inferior ao que a entidade havia divulgado em agosto. “Mas é importante destacar que o consumo deste ano, de 1,598 mil ton, ficará acima do patamar obtido em 2013, quando houve pico de 1.513,0 mil ton. Entendemos que essa é uma boa performance, pois estamos vindo de um ano pós-pandemia”, explica Janaína.
O setor está cauteloso nas projeções, uma vez que a performance nos dois últimos anos foi atípica devido aos impactos da pandemia. Segundo a ABAL é natural que o crescimento de 2021 seja relativamente maior do que o crescimento previsto para 2022. Soma-se a isso, a expectativa de volatilidade dos mercados, algo natural em anos de eleições, devido às incertezas com a conjuntura política e econômica.
A entidade ressalta que o setor continuará investindo em melhoria de processos, aumento da capacidade produtiva, inovação e sustentabilidade para fortalecer a competitividade. Até 2025, as empresas já anunciaram cerca de R$ 6 bilhões em investimentos. (fonte: ABAL/ Revista Alumínio)