ENERGIA SOLAR ULTRAPASSA A MARCA DE 20 GW NO BRASIL
Gühring
Fonte solar gerou perto de R$ 103 bilhões em investimentos e 600 mil empregos
O uso da energia solar fotovoltaica para gerar eletricidade e da termossolar para aquecimento de água é hoje a prática que melhor traduz essa tendência, já que atende a boa parte da chamada agenda verde. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil ultrapassou a marca de 20 gigawatts (GW) de potência instalada, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de eletricidade em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Com um parque equivalente a quase duas usinas de Itaipu, a tecnologia representa 9,6% da matriz elétrica nacional, na qual já ocupa a terceira posição, devendo ascender ao segundo lugar nos próximos meses.
De janeiro ao início de outubro deste ano, a energia solar fotovoltaica cresceu 44,4%, saltando de 13,8 GW para 20 GW. Nos últimos 120 dias, o ritmo de expansão tem sido praticamente de um GW por mês: junho, 15,8 GW; julho, 16,4 GW; agosto, 17,5 GW; setembro, 18,6 GW; e outubro: 20 GW.
Segundo a Absolar, a fonte solar já trouxe ao Brasil cerca de R$ 103 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 27,2 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 600 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 28,4 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. Seu crescimento configura-se, portanto, na combinação perfeita entre sustentabilidade e energia barata, aspectos fundamentais na tomada de decisão dos consumidores e do setor produtivo.
Quanto à energia termossolar, o Brasil tem mais de 21 milhões de metros quadrados de coletores solares. A capacidade instalada no País é de 14,7 gigawatts, pouco superior à de Itaipu. Em termos globais, somente os aquecedores implantados em 2021 proporcionaram economia de 45,7 milhões de toneladas de petróleo e reduziram em 147,5 milhões de toneladas a emissão de dióxido de carbono, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA).
A energia solar térmica, que tem muito potencial de crescimento no Brasil, pode ser utilizada em indústrias, residências, estabelecimentos comerciais, clubes, condomínios, hotéis, hospitais e restaurantes. Os aquecedores não são ligados à rede elétrica e proporcionam redução expressiva da conta de luz. O setor emprega 46 mil pessoas no país. Estima-se que, em 2022, as admissões de trabalhadores cresçam 22%. No ano passado, foram seis mil contratações. (Fonte: Absolar/Ciesp)