Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), as vendas da indústria de máquinas e equipamentos totalizaram, em outubro, R$ 18,4 bilhões, uma queda de 2,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em comparação a setembro, também houve declínio de 6,4%. Mas no acumulado do ano, no entanto, até outubro, as vendas somaram R$ 182,1 bilhões, 25,4% superior ao mesmo período de 2020. A Abimaq destacou os setores que mais estão acumulando crescimento nas vendas em 2021: máquinas para logística e construção civil (56,9%); máquinas para agricultura (37%); máquinas para a indústria de transformação (37,6%); e componentes (26,7%).
As vendas para o mercado doméstico somaram R$ 13,9 bilhões, uma diminuição de 3,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. “Pela primeira vez, após 15 meses consecutivos de crescimento, observou-se queda na comparação interanual [das vendas gerais (-2,2%)] em razão, exclusivamente, da relativa piora no mercado doméstico, que encolheu 3,3% no período”, disse a entidade, em nota.
O setor vendeu ao exterior, R$ 814,09 milhões em equipamentos, montante 31,6% superior ao registrado no mesmo mês de 2020. Em relação a setembro, as exportações foram 10,5% menores. No acumulado do ano, até outubro, as vendas ao exterior somaram R$ 7,4 bilhões, 31,1% acima do registrado no mesmo período do ano passado.
Em entrevista ao Valor Econômico, o VP da Massey Ferguson, Rodrigo Junqueira, ressalta que a AGCO, líder mundial na fabricação e distribuição de maquinário agrícola, e que tem em seu portfólio marcas como Massey Ferguson, Valtra, Challenger, Fendt e GSI, registrou um crescimento de 67,3% nas vendas líquidas no primeiro semestre frente ao mesmo período de 2020 na América do Sul, principalmente no Brasil, na Argentina e no Chile. Estima que o mercado brasileiro fechará 2021 com alta de cerca de 30%. A empresa tem fábricas em Canoas, Santa Rosa e Ibirubá (RS) e em Mogi das Cruzes (SP).
Em entrevista para o Globo Rural, Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), da Abimaq, ressaltou que é possível que o mercado de máquinas, no segundo semestre de 2021, seja o melhor de todos os tempos. Também em entrevista para o mesmo veículo de imprensa, Marcelo Lopes, diretor de vendas do segmento operacional da América Latina da John Deere BR, uma das grandes multinacionais do setor de máquinas agrícolas, diz que sua companhia também aposta num crescimento 20 a 25% até o fim de 2021. (fontes: Abimaq, Valor, Globo Rural)