NÚMEROS POSITIVOS APONTAM CRESCIMENTO
Gühring
Merece destaque a alta da produção industrial brasileira
A pergunta que milhões de brasileiros vêm fazendo toda noite, ao deitar, e pela manhã, ao acordar: começou a retomada da economia brasileira? Será que a economia vai melhorar? E os empregos, como ficam? Não é por falta de torcida que isso não vai acontecer, independentemente da preferência política de cada pessoa.
Segundo especialistas e economistas que atuam no mercado financeiro, estamos longe do crescimento vigoroso, mas existe sim uma retomada, embora lenta. Não é de agora que a economia vem mostrando sinais de recuperação, após os famigerados meses de março e abril passados, quando a pandemia Covid-19 pegou o mundo de cheio.
Mas, considerando superado o momento mais difícil, merece destaque a alta da produção industrial brasileira, que avançou 8,9% em junho passado frente ao mês de maio, quando já havia sido registrada uma expansão de 8,2%. Neste momento, novos índices mostram luz no fim do túnel. Ou, como dizem os experts no tema, “fomos até o fundo do poço e agora estamos de volta à superfície”.
De acordo com a CNI (Confederação Nacional da Indústria), a atividade industrial segue em forte recuperação. O índice de evolução da produção atingiu 59,1 pontos em setembro, bem acima da linha divisória de 50 pontos. A alta da produção foi acompanhada também de mais contratações. O índice do número de empregados alcançou 55,3 pontos.
A ociosidade do parque industrial está em queda e a intenção de investir do empresário subiu pelo sexto mês consecutivo. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) ficou estável entre setembro e outubro. Os empresários seguem confiantes em um nível próximo do que era observado antes dos efeitos da pandemia de Covid-19 sobre a economia.
Essa retomada está presente, por exemplo, em um dos setores mais importantes da economia, a Indústria da Construção. Em setembro, o índice de evolução do número de empregados cresceu para 50,1 pontos no mês. É a quarta alta consecutiva do índice, que se afastou ainda mais da sua média histórica de 43,9 pontos. O índice é o maior desde abril de 2012, confirmando o bom momento do emprego no setor.
Outro número importante vem do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que acaba de revisar o PIB agropecuário de 2020 de 1,6% para 1,9%. Segundo o órgão, a economia brasileira manteve, ao longo do terceiro trimestre, a trajetória de recuperação após o choque da pandemia Covid-19 de março-abril. A queda projetada para o PIB no ano foi revisada de 6% para 5%, enquanto, para 2021, o crescimento projetado foi mantido em 3,6%.