PIB BRASILEIRO TEM O 2º MAIOR CRESCIMENTO NO MUNDO
Gühring
Alta inesperada do PIB coloca o Brasil em segundo lugar entre 53 nações
Boas novas para a economia brasileira faltando menos de quatro meses para fechar o ano. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na terça-feira (3/9) que o Produto Interno Bruto (PIB), soma de toda a riqueza produzida no país, teve crescimento de 1,4% no segundo trimestre deste ano em comparação ao primeiro trimestre.
Este crescimento coloca o Brasil em segundo lugar num ranking de 53 nações que divulgam o crescimento de suas economias, segundo lista elaborada pela Austin Rating, empresa de classificação de risco. A economia brasileira só ficou atrás do Peru, que avançou 2,4% no mesmo período. Com este resultado o PIB brasileiro totaliza R$ 2,9 trilhões neste ano.
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) o crescimento do PIB no 2º trimestre de 2024 veio acima das expectativas. Melhor ainda que a indústria foi o setor econômico com o melhor desempenho entre abril e junho. A CNI considera que a alta de 1,8% do PIB industrial reflete um desempenho muito positivo da atividade industrial.
Para a entidade, o forte crescimento do 2º trimestre fortalece o protagonismo da indústria, que registrou os maiores crescimentos percentuais entre os segmentos produtivos, tanto na comparação com o 1º trimestre de 2024 (alta de 1,8%), quanto na comparação com o 2º trimestre de 2023 (alta de 3,9%).
O crescimento da indústria passa, primeiramente, pelo aumento do consumo, que subiu 1,3%, na comparação com o 1º trimestre do ano; e 4,9%, em relação ao mesmo trimestre de 2023. Na avaliação da CNI, isso se deve ao mercado de trabalho aquecido, em que o número de pessoas ocupadas mantém tendência de alta, bem como ao aumento dos salários. Também contribuíram para o aumento do consumo a maior oferta de crédito e a expansão fiscal, com alta do salário-mínimo e ampliação das transferências de renda por parte do governo.
Segundo a CNI, a alta de 2,1% do investimento (Formação Bruta de Capital Fixo) frente aos três primeiros meses do ano, e de 5,7%, na comparação com o mesmo trimestre de 2023, também impulsionou o resultado positivo da indústria. Os cortes na taxa Selic iniciados no ano passado, assim como a Nova Indústria Brasil (NIB) e o Plano mais Produção se traduziram no aumento da produção nacional e das importações de bens de capital, como máquinas, equipamentos e materiais de construção.
Mais consumo e mais investimento se refletiram em um aumento da demanda por produtos industrializados. De acordo com o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais, a demanda por esses itens subiu 5,2% no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2023.
A CNI aponta que o resultado do PIB do 2º trimestre indica um viés de alta quanto à expectativa de crescimento da economia brasileira para 2024, que a entidade estima em 2,4%. Além disso, a entidade considera que a composição do crescimento do PIB no período tem características mais saudáveis em relação ao que foi visto no ano passado, pois o resultado é menos baseado na demanda externa e mais no avanço dos investimentos.
De acordo com a CNI, esses são aspectos com potencial de ampliar a capacidade produtiva, assegurando que o aumento da demanda interna se traduza principalmente em alta da produção nacional, além de garantir aumento de produtividade. Dessa forma, essa composição do crescimento do PIB confere ao país uma possibilidade de expansão mais sólida no longo prazo. (fontes: CNI, Austin Rating, Poder360, AgenciaBR)