SAFRA AQUECIDA. A PROCURA POR MÁQUINAS AGRÍCOLAS É GRANDE!
Gühring
As vendas de equipamentos para os produtores rurais estão superaquecidas no país
O Ministério da Agricultura projeta uma safra recorde de 300 milhões de toneladas em 2023. Para isso, o Plano Safra 2022/2023 também está fazendo um investimento robusto de R$ 340,88 bilhões para financiar a agropecuária brasileira. Esse dinheiro, 36% acima dos recursos previstos na safra anterior, destina-se a financiar os pequenos, médios e grandes produtores da agricultura e da pecuária brasileiras, e assim, ajudar o Brasil a elevar sua colheita de grãos. São mais de R$ 246 bilhões destinados ao custeio e à comercialização da safra.
Uma das maiores expectativas vem do setor de maquinários e equipamentos agrícolas. As vendas de equipamentos para os produtores rurais estão superaquecidas no país, mas o crédito de pouco mais de R$ 10 bilhões destinados ao Moderfrota - programa de incentivo à modernização de tratores e colheitadeiras no campo - não deve durar muito tempo, na visão da indústria. Pedro Estevão, executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), defende que esse valor deve durar 40 dias e ser suficiente para atender apenas aos pedidos de financiamentos das máquinas que já estão no pátio das fábricas. Ou seja, segundo ele, a safra brasileira começa com expectativa de que vão faltar recursos subsidiados para os produtores investirem em novos maquinários.
Além do valor ser considerado baixo, a taxa de 12,5% dentro do Moderfrota também não agradou a indústria. Há alguns meses, o setor vinha se mobilizando e chegou a pedir ao governo federal R$ 43 bilhões de reais: R$ 32 bilhões para um Moderfrota e R$ 11 bilhões destinados ao Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Por isso o descontentamento com valor bem abaixo do desejado. (fontes: Abimaq/GloboRural)