SETOR INDUSTRIAL BRASILEIRO RECEBERÁ INVESTIMENTOS DE MAIS DE 100 BILHÕES
Gühring
O objetivo é construir uma nova política industrial, de caráter inovador, sustentável e inclusivo
O setor industrial brasileiro receberá R$ 106,16 bilhões nos próximos quatro anos como estímulo ao desenvolvimento em áreas consideradas estratégicas para o país. O montante, neste primeiro momento, será direcionado só para a indústria. A indústria representa mais de 60% do investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação no país. “Enfim, é um grande investimento para conseguirmos conter a desindustrialização precoce", disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin.
Os recursos serão provenientes de três órgãos: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) — sendo que a maior parte são linhas de crédito ou financiamento. Há também fundos de apoio à inovação. Os recursos do BNDES (R$ 65,1 bilhões), por exemplo, serão destinados prioritariamente para financiar projetos de inovação/digitalização e produção de bens nacionais voltados à exportação.
Pela Finep (R$ 40,68 bilhões), os recursos serão destinados à pesquisa e desenvolvimento para apoiar as diferentes etapas do ciclo de desenvolvimento científico e tecnológico. Já a Embrapii vai repassar seus recursos para apoiar as instituições de pesquisa tecnológica, fomentando a inovação na indústria brasileira.
Ao longo dos próximos meses, Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) se debruçará sobre missões derivadas de problemas sociais e de desenvolvimento do país — entre eles a segurança alimentar e nutricional; a ampliação do acesso à saúde; infraestrutura, moradia, saneamento e mobilidade sustentáveis; tecnologias de interesse para soberania e a defesa nacionais; empresas competitivas em tecnologias digitais; e descarbonização da economia e ampliação de cadeias associadas à transição energética e à bioeconomia. (fonte: MDIC)